quinta-feira, 9 de maio de 2024

logo eu volto...

 Olá, cidadão! qualquer hora reapareço por aqui... Ainda tem coisas que quero contar mas há pouca inspiração e vontade de escrever. um beijo!


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Férias de verão: Buenos Aires

Não que dê pra chamar de férias em Buenos Aires considerando o fato de que não passei nem mesmo vinte e quatro horas na capital. Mas como sou o senhor desse espaço, assim o farei. 

Para voar até El Calafate, na Patagônia argentina, é necessário pegar um voo até Buenos Aires e fazer conexão. Como não tinha outra alternativa, preferi optar pelo voo que conectava no dia seguinte, para ganhar algumas horinhas na cidade e ver, ao menos, os cartões postais: e fazer câmbio, é claro! 

A primeira impressão de Buenos Aires é que a gente não vai conseguir dar conta. Isto é, a começar pelo dinheiro e suas várias cotações. Logo na chegada, pelo Aeroparque, já há uma certa aflição: você desembarca e tem de escolher entre o Táxi, transporte público ou Uber. Com o porém de que, não há dinheiro para pagar qualquer um desses — não há efectivo, que é o dinheiro em especie. Então você faz um câmbio todo deturpado (e menos rentável) e paga com seu cartão. Aí já se perde algumas platas. Y dale!

Tirando essa aflição que, de prima, a cidade me causou, tudo bem.

Os ônibus são passíveis de serem entendidos com algum esforço a mais. Em alguns pontos param uns, em outros, outros. Mas são bem identificados por um número gigantesco e cores. Aqui preciso dizer que elegi os ônibus como das coisas mais interessantes: parecem ter parado no tempo. Não por serem arcaicos, mas pela estética. Para tomar o ônibus é preciso dizer ao motorista onde vai descer. Daí se muda o preço da passagem, que é uma bagatela, por sinal.

Estética, aliás, é uma coisa louca. Buenos Aires é velha, mas que se deu ao trabalho de se preservar (ao menos o pouco que vi) e faz com certa elegância. Especialmente Palermo, onde fiquei. As ruas lembram em certo ponto as ruas do Rio de Janeiro (as regiões mais novela das nove!). Os carros fazem ter a sensação de que não se está tão longe de casa.

Em primeiras impressões vale destacar também que a cidade parece viva. O portenho gosta e faz questão de usa-la. Nacionalistas convictos. Plana que até impressiona.

OTRAS COSITAS MÁS

Fizemos o câmbio - a rua Florida é cheia de gente louca pra fazer câmbio. Se procurar na internet, verá que há o câmbio oficial (tarjeta) e o câmbio paralelo (câmbio blue). Nas ruas se oferece o chamado blue, que acaba sendo a melhor cotação, e mais vantajoso. Como disse, não posso dizer a respeito da relação câmbio/segurança com essas pessoas no ~calçadão~. Fui numa casa “brasileira”, mas que não vou recomendar por achar o atendimento deveras soberbo. Mas a troca foi feita falando o bom e velho Português e com certa segurança.

Dali partimos rumo a Casa Rosada. Bonita mas superestimada. Destaque para um tango dos artistas de rua, com uma cadeirante a bailar.


Mas aquilo, é obrigatório por que é, e ponto. Dali pro Obelisco, bonito sobretudo pelo movimento que se tem ali. Na avenida a tarde ia dando tchau e o céu coloriu o dia com uma cor muito bonita. Me causou satisfação ver todo aquele movimento, aquelas cores e tal. Aquela sensação clara de que se está de férias, livre de compromissos e só aproveitando a vida.

Com uma pequena confusão com o metro (subte) cheguei ao Hostel para um banho e, depois, sair pra comer. Coca, pizza e uma empanada puseram ponto final na noite.

No dia seguinte, bem cedo despertei e tomei o ônibus para o Monumental de Nuñez. Como disse, tudo muito fácil. Logo estava lá e fiz algumas fotos e vi o colosso por fora (o museu só abriria as 10h). Precisava voltar para pegar o voo.

Antes ainda fiz uma parada pro café, que rendeu a foto ao lado

Na volta, ainda tinha mais algumas horinhas na capital. Então foi correr até La Boca, para ver La Bombonera: por fora, já que as visitas na parte interna estão suspensas. Fui também ao Museu Boquense. Doze mil pesos, penso, saiu caro demais para o que havia. Claro, muita história se conta ali e muitos artefatos estão expostos, mas ainda penso faltar algo mais chamativo para justificar o preço altíssimo, R$60 na cotação do dia. Na porta do estádio, todas as lojinhas cobram um absurdo para tudo. É claro que é uma região de turista, mas beira o inacreditável pagar trinta reais em um ímã de geladeira. O Bairro de La Boca conta com outro cartão postal, presente em 11 a cada 10 posts: Caminito. Esse eu achei a maior tourist trap de todas. Entendo a história do lugar etc e tal, mas é óbvio que tudo se perdeu em nome do turismo - e de querer o dinheiro dos turistas. Tudo muito caro e igual. Mas foi lá, na famosa esquininha, que comprei a caixa de alfajor. Preciso dizer que dei mais valor a ela depois que voltei de viagem, to louco por um alfajor hahaha. 


Dali, emendamos para San Telmo, e passei rapidinho pelo mercado, tomei um sorvete Freddo de Dulce de Leche e fui fazer a foto com a Mafalda. Tinha fila, mas nada muito absurdo. 

Voltei, tomei um banho e fui para Puerto Madero: extremamente movimentando já que era sábado a noite. Na ponte, rolava vários ensaios fotográficos, de debutantes inclusive. Fiz todo o rolê e volto a afirmar que curti o que já disse na primeira parte desse texto: eles gostam e fazem a cidade ficar viva. Escolhi um lugar para jantar que acabou se revelando uma péssima escolha. Era uma Parrilla, mas que levou cerca de cinquenta minutos pro meu prato sair: veio frio. Revelado o desprazer a garçonete, tentou consertar oferecendo um postre: entre outras coisas, no postre, tinha uma bola de sorvete, que não veio. Decepção total! 

Voltei no domingo, junto com a equipe de handebol do Brasil, que havia conquistado um troféu no dia anterior. Mesmo quando fujo do esporte, ele não sai de mim. 

Até mais! 



sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Um novo eu - ou como mudei meu nome


Estava indo com minha família ver as luzes de natal, e eis que um assunto muito antigo veio a tona. Como minha família materna deixou de ter um nome "menos comum" e acabou com um nome "comum". O que se deu, para explicar, em razão do casamento da minha avó (dona do nome) com meu falecido avô. Daí então o "Barbosa". 

Papo vai, papo vem, minha tia levanta a bola de que a mudança de nome era relativamente fácil. Não botei muita fé. 

Fui ao cartório dias depois resolver outro problema mas aproveitei o ensejo para a pergunta: bingo! Era mesmo fácil. 

No dia seguinte, peguei a certidão de nascimento da minha mãe e a minha e levei até o cartório. Ainda sem acreditar que era mesmo assim tão simples. Pra minha surpresa e não possibilidade de voltar atrás, era. Como o sobrenome pretendido era o da minha bisavó materna, e constava como avó da minha mãe, foi confirmada as questões genealógicas. Com o pagamento da taxa de pouco mais de cento e cinquenta reais, foi só esperar duas semanas e bingo... Já consta na minha nova certidão meu novo nome completo. 

A certidão identifica a questão da alteração no campo "observações" (or something like that!) mas isso não muda o fato de que, agora, terei que refazer todos os meus documentos, o que vai gerar um estressezinho maior e claro, mais gastos. Mas naquelas, né... tava de férias, procurando dor de cabeça e achei. Pelo menos agora tenho um nome menos comum hahahahah. 


até mais, turma! 

Feliz ano novo! 

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Fugindo do Carnaval


Fugi do Carnaval indo de novo a Portugal. Polícial de fronteira até deu uma embaçada, o que considero ser natural dada as circunstâncias. Fui ao Porto para ver a partida dos Dragões Azuis contra o Rio Ave e claro, comer a francesinha. A cidade dos tripeiros é muito “fixe” como dizem os tugas.

Depois fui a Lisboa, de “autocarro” (ônibus) e tive a primeira experiência em me hospedar num Hostel. Quarto com quatro camas, mas só havia um eslovaco além de mim. Ainda deu tempo de assistir a uma partida dos Encarnados, que venceram o Boavista. É, o Boavista, o time que mais vi esse ano depois do São José: duas partidas. As fotos seguem com mais legendas do que achei, em relação e preços e tal. Sempre foi uma vontade muito grande ficar alheio, de fato, ao carnaval. Aqui, é impossível consegui-lo. Dessa vez deu certo. Muito bom poder viajar..

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Documentário: O voo da águia - amor por ti é pouco.

Antes de mais nada é preciso dizer: vai ter sempre um chato na história. Em mais ocasiões que gostaria, o chato sou eu.
O que vou escrever é, logicamente, sobre a minha, e tão somente minha, ótica do fato. Meu lugar é de alguém que está tão arraigado nessa história e que faz isso, ou tudo isso, parecer mais do mesmo. E é sobre isso que quero falar.
Penso que, em certo sentido, não sou eu o publico que o filme pretende atingir. E o papel dele é mostrar, para aqueles que não conhecem, um pouco da história do São José. E isso ele faz muito bem.

O Voo da Águia - Amor por ti é pouco. 3/5
Primeiro é preciso dizer que deram uma baita sorte em fazer as diárias de filmagem justamente nos dias mais gloriosos do São José nesse milênio. Baita sorte, mesmo.
O documentário mostra o São José Esporte Clube, sob a ótica da torcida e das pessoas da imprensa e diretoria do clube. Nele, a história do São José é revisitada por todas as pessoas que dedicam um grande amor ao clube.
Embora emocione, uma vez que toda essa gente e esse que vos escreve esteja ligado ao clube por laços que não são possíveis mensurar, sai do teatro com a sensação de poderia ter sido mais.
Senti que o filme explorou tudo de maneira muito superficial e não saiu muito do que é muito genérico quando fala do São José. Deu muito tempo de tela para os tempos de glória entre fim dos anos 70 e começo dos 80. E isso não é exatamente um problema, mas é o trivial do São José. É como torcedores que insistem em dizer que torcem pro São José há décadas e usam, como exemplo, os jogos da campanha de 89. Alguns deles, no entanto, jamais foram vistos por aquele que frequentam o Martins Pereira muito antes de eu pensar em nascer. Oras, é claro que estava lá. Se o time vai bem, o estádio está sempre cheio. É cultural do futebol brasileiro. Como diz um amigo, quando o filho é bonito, todo mundo quer ser pai. Na boa, muita gente vai.
Quando resolveu explorar os anos dois mil, passou uma linha para resumir quase vinte anos. Usou pouco de conteúdo de jornais, ou mesmo de canais no youtube como o Sou São José EC, que documentou, de certo modo, a rua no ano do título e acesso a série A3. Gastou tanto tempo de tela falando o trivial que precisou correr para entregar o restante, atropelando vinte anos. Mas por que faço questão que tenham sido lembrados? Por que as pessoas, e a gente até, de certo modo, tem que lembrar sempre do caminho que foi trilhado, das batalhas, das glórias e das lutas, principalmente. Houve momentos para o São José em que, estar em campo já era uma vitória, e as pessoas precisam entender o tamanho disso sob essa ótica. Sob a ótica de um time que hoje está na série A2 e na série D do brasileiro, mas que pouco tempo atrás era vitorioso por apenas existir. Por que isso só engrandece o feito.
Por fim, meu problema com a fala de um dos produtores ao dizer que: se houve um erro de data, eu peço que me perdoem - se o filme tem por ambição contar a história e ser o documentário definitivo, então ele precisa ser responsável com a data. Entendo que erros podem acontecer, mas não é o que espero ouvir de um dos produtores, porque demonstra uma certa falta de cuidado com esse detalhe, ainda que esse não tenha sido o caso.
No mais, fico feliz pelo documentário dar voz a uma pessoa em especial: Valtencir Vicente, que é, hoje, a memória viva do São José Esporte Clube.
O filme me emocionou e me deixou ansioso por uma parte dois.


Há tempos não fazia meu escriba sobre um filme, hein... mas esse precisava falar. A seguir, outras produções futeboleiras de uma pegada um pouco diferente, mas que acho incrivelmente caprichadas e emocionantes.


https://www.youtube.com/watch?v=opVHxIHSQlU - Pequenos clubes, grandes torcedores.


https://www.youtube.com/@dozefutebol - Doze futebol.


Até mais!

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Datas e músicas

9 de fevereiro de 2023: sobre a noite que antecedeu aquela manhã, pra essa data, escolho Yesterday, dos Beatles. Aqui, preciso dizer, não se vale de toda a letra e sim das duas primeiras linhas. Acrescento que, vale também o que ficou da noite do dia 8 e a vontade de fazer com que as coisas continuassem e como, para alegria transbordante, continuou.

2 de Abril de 2023: Não tenho como precisar essa data, mas preciso que foi em razão dela que foi feita a escolha que segue. A música é a mais perfeita tradução do que senti naquela tarde de domingo no município de nome indígena. Não sei ao certo se foi lá em que as coisas começaram a acontecer, mas digo com toda a certeza que foi naquele dia em que quis que as coisas passassem a acontecer. Quero dizer, é provável que ali já havia um sentimento. Para essa, a escolha é Wonderful Tonight, Eric Clapton.


25 de Abril de 2023: Não dava pra ser outra. Me lembrarei disso para sempre. Demorou 28 anos but came. Adoro a melodia do George Harrison, Love comes to everyone e a letra também não fica atrás. É o que me moveu na espera de todos esses anos valeu muito a pena.

25 de Maio de 2023: Escolhi essa música para representar esse dia. É uma música que já fora escolhida lá atrás, na data em que representa. Mas quero recoloca-la aqui por que memória é algo muito sério. Quanto tempo demora um mês pra passar, do Biquíni Cavadão.


25 de Julho de 2023: Embora nada tenha a ver com a viagem, escolho para colocar aqui essa que representa algo grande, e que, a viagem, marcou por ser a primeira de uma vida de viagens. E assim, na letra, em certo sentido, fala sobre viagens. This is for you! Vida Toda, Lenon.

25 de Setembro de 2023: A cada dia mais encantado pelas facetas e escolhendo viver também com os defeitos. Sempre soube, embora se viver, que trata-se de uma escolha. Minha escolha é, todos os dias, querer estar junto para sempre. Sem que, em qualquer momento, eu tenha me arrependido de algo. Aqui, pra encerrar, queria que fosse essa: Im in the mood for love, and ill keep for always.

25 de Outubro de 2023: Trata-se de uma data futura mas que, quero aqui, deixar marcado de antemão com uma música que, ao meu ver, completa o George. For once in my life, Stevie Wonder.


Até mais! 

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Férias no velho continente: França (parte II)

Lanche pós jogo

Voltando da partida do PSG me aconteceu o que, de certo modo, havia temido ainda na segunda feira, quando li um bilhete no metrô que falava do horário de fechamento de algumas estações e linhas. Mas como tava em francês, foi pura suposição.

Eis que, na hora de fazer baldeação para a linha quatro, encontro os portões fechados. Dancei. Dancei e comecei a rir da situação tendo, na hora, a certeza de que tinha lido certo o bilhete e a informação na internet era um panorama geral, excluindo a particularidade das linhas. Naquela noite, minha linha havia fechado ainda no intervalo da partida em que estava. 

Encontro uns brasileiros lendo o mapa e tentando achar uma saída, enquanto me aproximo e tento ler o mapa grande. Faço questão de lembrar que tinha comigo, o tempo todo, um mapinha do metrô no bolso. Mas na hora, acabei optando pelo maior, estampado na parede da estação, já que deveria buscar alternativas. A filha do casal diz ao pai e a mãe: acho que o moço quer ler, também, dá licença pra ele. Agradeço no bom e velho português e recebo um sorriso: poxa, nossa estação fechou. Agora temos que ver o que fazer. 
Estávamos todos na mesma situação. Convido para rachar um táxi ou coisa que o valha e, não fosse direções oposta, teriam aceito. Vão embora enquanto fico estudando as possibilidades, ainda que não houvesse muito o que fazer, visto que apenas uma linha que passava ali estivesse disponível. Vem um inglês e o filho no cavalinho, meio bravo com o que acontecerá. Pergunto a ele qual alternativa tomará e se posso acompanha-los para não ir sozinho. Ele diz que usará um táxi pq já era tarde, por volta de 23h. Esqueci de mencionar, também, que a bateria do meu telefone já estava em 15%. Uber me custaria 30 euros, totalmente fora de cogitação.

Tiro o mapa do bolso e traço a nova rota. Teria que caminhar algumas quadras até o hotel ou então tomar um uber. Fora o receio de não chegar a tempo e o metrô fechar por completo. Já fora do horário de pico, o intervalo entre um e outro é maior, e chego faltando 9 minutos para a chegada do próximo. Tempo de ver um homeless ajeitando-se para dormir. Tomo o metrô e, cinco estações depois, percebo ter andado no sentido contrário. Aqui, confesso, foi a primeira vez que me bateu um cagacinho. Isso porque já eram 0h10 quando notei e desci para pegar no sentido contrário. Cada vez mais próximo do fechamento do metrô. Mais dez minutos de espera para, enfim, acertar o sentido do metrô e ir para o hotel.

Linha 9: Porte de St-Cloud - Linha 1: Franklin D. Roosevelt - Linha 4: Porte de Clignancourt - o caminho que deveria tomar. 

Linha 9: Porte de St-Cloud - Linha 1: Franklin D. Roosevelt - Linha 12: Simplon Jules Joffrin - a alternativa que tive.

Quinze pra uma da manhã, quase ninguém mais na estação ou rua, pulo do metrô que cumpre sua ultima viagem de quarta. Saio da estação com outras duas pessoas e, na rua, só se vê carros estacionados, o reflexo da luz no chão molhado e as outras duas pessoas. Logo que passa a moça da minha frente, um arbusto grande começa a se mexer e o cagaço bate forte. Pensei que seria roubado, claro. Mas sigo meu caminho e, antes mesmo que passasse por ele, posso ouvir também barulhos de... ratos. Fico aliviado. Paris, de madrugada, ali, naquele arrondissement, parece meio mórbida, sem todo seu charme e se revela exatamente o que é, mas que a turismo, acabamos por esquecer: uma megalópole com seus perigos. Chego ao hotel ainda vigiando cada pedaço do meu caminho. Toco a campainha e, atendido, comento com o recepcionista que havia ficado perdido em razão do fechamento da linha, ele ri e confirma. Já era 1h15 quando cheguei e quase duas quando fui dormir.

DISNEY

No dia seguinte acordei antes mesmo do horário do café, que começava as 7h. 6h20 já estava de pé para tomar banho e arrumar a mochila. Desci, tomei o café e já voltei para escovar os dentes e pegar a mochila. Mandei até um vídeo pra casa mostrando pra minha mãe que, quase oito horas da manhã, sequer havia sinal do sol.  

Mas lá fui, tomei o metrô e RER pra chegar a Disney Paris. Preciso dizer que jamais pensei, por mais que muito quisesse, que visitaria a Disney. Menos ainda que seria a de Paris. Não há como negar a magia do lugar e como vale muito a pena a visita. Por azar, alguns brinquedos, entre eles o mais esperado (Star Wars) estava fechado para reforma. Mas aproveitei tudo que pude. Pra mim, o mais incrível dos brinquedos é sem dúvida o Hollywood Tower, o primeiro que fui por sinal. No brinquedo da tartaruga de "Procurando Nemo" uma coisa engraçada aconteceu. Existe a chace do "Single Riders" que é quando você está sozinho e pode tomar uma fila que reduz o tempo de espera. Lá, fiquei esperando pra ver quando me sobraria um carrinho para andar na montanha russa. Quando percebi uma família, um homem e duas crianças, logo saquei que era minha deixa. Entrei no carrinho e já cumprimentei o cidadão: bonjur! e recebi de volta. O senhor logo vira para trás e manda para as duas crianças: TÁ TUDO BEM AÍ MENINOS? Ri, lógico. Fiz o roteiro de dois parques em um só dia, já sabendo qual dos brinquedos eu visitaria. Deu ainda tempo para tirar a foto com o Mickey e comprar a foto profissa pra trazer de souvernir. Perto da hora do fim, corri para assistir a parede, coisa fina mesmo. E terminei a noite chorando, emocionado, ao ver os fogos. Não pelo Lucas adulto, mas pelo Lucas criança, que cresceu assistindo aos filmes e vendo os trailers. A vida, senhoras e senhores, é belíssima. 


O dia seguinte era o dia do inadiável: Louvre. Acordei e me apressei para sair de modo que conseguisse ver o nascer do sol ao pé da torre. Com o tempo aberto, deu muito certo. Foi o dia mais limpo que peguei por lá. Enquanto tirava algumas fotos e via o nascer do sol, um cara de um país mulçumano cuja nacionalidade exata não me lembro, pediu para tirar foto dele. Fiz trocentas fotos, que ele queria e depois ele se ofereceu para tirar minha. Embora meu telefone tenha um hardware atual, estava todo fudido, com película e tela quebrada. Dava pena. Sem muita cerimônia o dito cujo mandou um: posso tirar com meu iPhone se preferir. Humilhado!Da torre, aluguel uma bice e fui até o Louvre, margeando o Sena. E lá, fiquei por cinco longas horas. 

Já tinha sondado o que queria ver e, portanto, corri logo para ver a Monalisa. Tava vazia, sorte a minha. Uma carioca tirou as fotos pra mim. Tava muito sossegada mesmo. Talvez por conta do horário, era perto de dez. Até a entrada foi rápida, mesmo entrando pela pirâmide. Não sei se por que o dia não tinha movimento mesmo, ou em razão do Museum Pass. Fato é que foi tudo muito rápido. Foi um parto achar a parte do Egito Antigo, mas valeu todo o esforço e eu gastar o inglês com os apoios no museu. Destaco também Os Apartamentos de Napoleão - INCRÍVEL em caixa alta mesmo.  O quadro "Le sacre de Napoléon e tantos outros ali, de tamanho inimaginável, me deixaram perplexo. Gastei bons minutos admirando tudo. 
Tudo no museu é incrível. Não dá pra fugir do clichê que convida de hora em hora: tem muito do que cresci vendo nos livros da escola e que, na maior parte da minha vida, pareceu algo inalcançável. 
Muitos souvenirs depois, deixei o museu e fui procurar um almoço. Já era tarde, então optei por algo leve: Croque Madame - que eu pedi como Croque Monsieur, mas logo já avisei a garçonete: would like that one with egg, you know?. Tava delicioso. Enquanto comia, um grupo de brasileiros entrou conversando perto dali e levou um senhor esporro por já ter ido logo sentar na mesa. 

Fui ao Jardin des Tuileries e fiquei por ali um tempo, pensando no que estava vivendo. Por mais que pra muita gente uma viagem ao exterior seja coisa corriqueira, pra mim era, literamente, um mundo novo. Nunca ninguém na minha família, por parte de pai ou de mãe, pois os pés fora do Brasil. Eu não tinha sequer referência e fui - e tudo deu certo. Lembro de um dia que meu tio estava assistindo um vídeo no youtube que mostrava vários brinquedos nos parques da Disney e Universal e ele veio comentar que, durante toda a vida, estivemos no Brasil. Não podíamos sequer pensar que, em dado momento, o contrário teria acontecido. Fiquei pensando que tinha deixado isso para trás. 
Voltei, peguei outra bicicleta e fui margeando o Sena para, enfim, tirar foto com a torre. No caminho, passei por um túnel com um pequeno monumento, comecei a pensar se teria sido ali o local do acidente que matou a Princesa Diana. Quase chegando no Trócadero, pedi a duas pedestres que me fotografassem de bici com a torre. A japonesa se assustou, mas a amiga foi benevolênte e fez a foto, uma das minhas preferidas. 
Fiquei mais algum tempo ali, vendo a torre, antes de tirar fotos. Era realmente muita coisa para pensar. 
Voltei ao local para confirmar e ver de perto: era mesmo o túnel do acidente da princesa. E todos aqueles negócios eram homenagens a Ladie Di. 
Fui para o Arco do Triunfo, tirei algumas fotos, subi as trocentas escadas e fiquei ali até a torre acender e piscar, já que onze em cada dez dicas do instagram disseram ser este um momento imperdível. Bobagem, na minha opinião. Achei cafona. Desci, vi o mini museu que tem lá e fui comer na Champs Elysee. Me dei conta então de que não tinha visto o Louvre a noite. Volto eu pra lá, de metrô, e vou conferir. No caminho acho uma loja de doces que tem o chocolate que meu tio pediu e outros, comprei, lógico, louco pra provar um monte de tranqueira. Aprovei todos! 
É muito bonito o exterior do museu a noite. A pirâmide, a áurea que o envolve e tudo. É fácil de entender o tamanho do hype. Já certo de que não tinha mais tempo para muito, decidi que meus últimos momentos na capital francesa seriam em frente a torre. Voltei e comprei um cachorro quente de valor absurdo, para comer enquanto a olhava - voltei de bici, é claro. Terminei a refeição, voltei para o hotel porque no dia seguinte, antes mesmo da luz do dia, voltaria ao Brasil. Valeu cada segundo! 


Até mais! 

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